Wednesday, December 06, 2006

Os só bonitos que me desculpem, mas charme é fundamental

(Sim, eu sei. Péssimo trocadilho, todo mundo já fez uma paráfrase parecida. Mas então, quem tiver um título melhor, atire a primeira pedra... ou deixe um comentário)

Dizem que o melhor da festa é o barman. Afinal, nada melhor do que ser servida por um homem bem bonito, como tem sido os garçons ultimamente. Mas se beleza (GRAÇAS AOS CÉUS!!!) é um conceito relativo, como pode um mesmo ser agradar a várias garotas de gostos tão distintos?

Simples. Quando você pede uma bebida não recebe só um copo. Junto com ele vem um sorriso. Às vezes um elogio. Uma brincadeira... e quem disse que precisa ser de verdade? Há pessoas que conquistam os outros naturalmente. Outras são treinadas para isso.

(nesse momento do texto tenho dois caminhos a seguir: um deles é continuar com a argumentação sobre o charme das pessoas. Outro é fugir para a tal busca do macho alpha - conceito já muito debatido nas mesas de bar pós-rugby. Então, como boa discípula de Dorothy, vou pelo caminho a que me propus e continuarei pela estrada de tijolos dourados, quase tão brilhantes quanto os olhos de uma pessoa feliz. Assim, deixo aberto convite pra quem quiser dissertar sobre o segundo tema)

Uma vez uma amiga - não só minha como de todas as Jones, e cujo codnome veremos publicado nesse blog assim que ela tiver algum tempo - me disse que não via graça em trabalhar com esportes se não fosse na televisão. Segundo ela, o gostoso dessas atividades é a imagem. São as expressões e sensações que ela passa que fazem com que a gente se apaixone pelo assunto.

Dentre as pessoas que têm controle sobre sua imagem e sabem lidar com o charme estão atores, dançarinos e... músicos! Vocalistas principalmente. E não é à toa. Demora muito até que uma banda faça sucesso e os fãs paguem para assisti-la. Nesse meio tempo, conseguir que os freqüentadores de um bar parem de conversar, brincar, flertar para que o grupo consiga ser ouvido é extremamente difícil.

Já era final de festa quando esse monte de coisas passava pela minha cabeça. Encostada numa mureta, bebendo uma cerveja, felicíssima porque a semana chegara ao fim, não conseguia parar de olhar aquele vocalista. O braço gordo com uma tatuagem de violão junto com o cabelo comprido e ensebado nunca fizeram meu estilo. Quer dizer, minto. Já fizeram sim. Mas isso já faz muito tempo - adolescência é uma fase engraçada.

É lógico que o fato de não estar dirigindo contribuiu para o estado de relaxamento. Mas indiferente a preferências estéticas e níveis alcoólicos, a empolgação com que ele cantava do pop nacional mais simples ao classic rock me impedia de tirar os olhos do palco. Nesse momento, só pensava uma coisa. Nossa, o sorriso é mesmo um baita diferencial! Eu nem sei se a pessoa é realmente simpática ou não - minha fascinação parou na reflexão antropológica e olha que já foi muito - mas gostei só de vê-lo cantando, todo feliz.

Me aprofundava na divagação mental quando ouço meu nome. "Oi!!! Você é amiga de tal pessoa, não é?" A conversa corriqueira não dura mais de um minuto. Quando volto a olhar pro palco o brilho no olhar, o sorriso continuam. Mas o meu estado de espírito mudou. Se ficasse mais algum tempo possivelmente conseguiria ver aquela erradiação de energia de novo. Mas estava cansada, acabamos indo embora.

A ciência política coloca o carisma dentro das quatro mais importantes formas de poder. É uma das mais perigosas, já que uma vez perdido, dificilmente consegue ser recuperado, mas também uma das mais fortes. Não há argumentos contra um bom sorriso.

2 comments:

Lucy Jones said...

hahaha... pois é, amiga! Charme é TUDO nessa vida!!! E confesso que já tive uma certa fascinação por um certo vocalista meio estranho (claro!) que dançava engraçado!!!
Puxa... como é que a gente sabe se tem carisma?! Porque é fácil saber de quem a gente vê, né?! Xi...

Ah... amei o título!

bjinhos

Lina Jones said...

mt bom! adorei a parte final da ciência política, não há poder mais delicioso..haha..