Thursday, February 24, 2011

emergências fashion e afins...

Começo dos anos 2000, comprei uma saia jeans com fenda frontal para não passar mal de calor usando calça jeans no verão de São Paulo. Quem se lembra dessa época, lembra que o "in" eram saias compridas até os joelhos, justas ou plissadas. A minha, no caso, era do primeiro tipo.

Desci do ônibus e, na minha pressa diária de chegar ao trabalho, fui andando àqueles passos largos de irmão mais velho até o outro ônibus. Sentei e começei a sentir que a saia já começava a lacear, deixando minha passada menos impedida e as pernas, já suadas, menos grudadas.

Segundo ônibus deixado e entro na empresa para meus afazeres diários. Assim que sento na cadeira ouço um rrrrhhh e minhas pernas ficam mais livres... algo está errado... laceadas não fazem rrrrhhh. Olho para baixo e a fenda frontal da saia já está pelo menos meia fenda mais comprida. F****!

Corro pro banheiro para analisar o estrago sem que todo mundo veja que estou analisando o estrago. De alguma maneira, o que quer que estivesse segurando a costura... não estava mais. É, f****!

Já que tufos de papel higiênico não resolveriam o meu problema, voltei para a sala e olhei em volta procurando socorro feminino. É... bem... se alguém teria a solução para o meu problema, seria uma mulher, já que em uma carteira não cabe muita coisa.

Meu primeiro impulso foi recorrer ao departamento de arte... e só o que havia era uma fita crepe. Ok, resolvo com a fita e depois investigo se há alguma outra fonte mais prevenida.

Voltei ao banheiro, fechei a porta, tirei a saia e, como uma cirurgiã, remendei o estrago com a maior quantidade de fita possível. Saí andando como uma gueixa... e perfeito! Talvez eu pudesse mesmo passar o dia assim.

Sento na cadeira... ok.

Me chamam para aprender algo junto com um funcionário de arte. O aprendizado requer que eu me sente ao lado do instrutor. Sento, começa a instrução, e bem discretamente desço o olhar até a minha coxa. É então que vejo a fenda totalmente aberta e a fita aparecendo como um saiote de múmia por baixo dela. F**** de novo.

Claro que nem me lembro do que eu tinha de aprender, já que passei o tempo todo verificando a fenda e tentando ajeitá-la ou escondê-la debaixo da mesa.

O dia todo was a blur... (sorry, não tem outra expressão que encaixe melhor). O suor frio cada vez que eu tinha de levantar ou sentar, a constante checagem da saia... Péssimo, não desejo pra ninguém. E a situação era que nem para casa eu poderia ir, já que ainda tinha de ir para a faculdade para só depois ter minha condução. Também não havia ninguém pra me socorrer já que eu era nova na cidade e morava no interior.

No fim das contas, Any Any conseguiu que eu assistisse aula sem que outras pessoas tivesse de assistir ao meu pequeno constrangimento, e eu passei a carregar agulha e linha como ítem fundamental na minha carteira - coisa que Patty bem sabe, já que num Juca ela não acreditava que eu tinha o kit em meu poder.

Na hora, a gente pensa que esse tipo de coisa só acontece com a gente, mas a verdade é que praticamente todo mundo já teve alguma emergência fashion de arrepiar os cabelinhos da nuca.

***

Essa história me veio à mente esses dias ao imaginar o que eu sentiria se, pressionada por policiais, fosse revistada à força... tendo parte da minha roupa retirada sem a minha vontade.

Você ser coagida a fazer algo, no sentido da coação legal mesmo, em que a pessoa pega na sua mão e te faz fazer o que não quer, já é algo que me tira a razão de tão contra a minha natureza que é. Agora, juntar isso ao constrangimento de mostrar aquilo que ninguém deveria ver para uma sala cheia de gente - e após para o Brasil inteiro - é simplesmente um crime.

Fico chocada ao ler as declarações de corregedores dizendo que os delegados - no caso da escrevente que teve a calça retirada à força - estavam agindo dentro do poder da polícia. Peraí, daonde eu venho a Constituição Federal é maior que seja lá que raio de procedimento eles estavam seguindo. E de acordo com ela, em nome da dignidade, a moça tinha direito a mostrar a famosa "periquita" apenas a policiais e delegadas mulheres.

Mãs não pensem que porque eu acho que os delegados estavam agindo de maneira brutal que vejo a moça como pobre coitada. Se eles não souberam agir, ela provocou a ira... e, claro, era culpada do crime do qual era acusada. Afinal, a propina tava lá escondida nas partes íntimas.

Como diria a minha mãe, um erro não justifica o outro. A fofa deve sim responder - e ser condenada - pelo crime. Mas pelos seus próprios delitos também devem responder os delegados. E, acredito, não apenas eles, mas a polícia como um todo, já que não é de hoje que vemos atrocidades cometidas por quem acha que é a lei. Veja bem, lei é lei, não está personalizada em uma pessoa. Isto se chamaria tirania. E de tiranos a história já está cheia.

Agora, o pior mesmo foi a fofa gritar que o dinheiro - encontrado entre suar partes íntimas - não era dela. Se não era... quem foi que colocou ali... e ela nem percebeu?!?

Tuesday, February 15, 2011

Always

Por que será que toda série que a gente nunca mais vai ver termina com always?!? Um pouco contraditório demais, não é não?

Esse ano começou com o fim de não apenas uma de minhas queridas séries... o adeus foi para Life Unexpected e (snif) Friday Night Lights.

A primeira começou bem, deu uma desandada entrando em vários clichês muito batidos e terminou do jeitinho que eu queria. Só fico com muita pena de não ter visto a transformação mágica de destinos desencaminhados em hapily ever after... teria sido uma história bem melhor do que a segunda temporada inteira!

Já a responsável por me fazer querer assistir a jogos de american football... deixará saudade! Apesar de ter sofrido um pouco com uma grande troca de elenco, FNL conseguiu retomar o ritmo e bem acho que tinha material para mais uma temporada... ou várias. E Erick Taylor é, sem dúvida, o melhor husband material ever.

Só espero que venha coisa boa por aí...

Monday, February 07, 2011

Otimizando a vida

Tudo começou com aquela famosa limpeza de final de ano. Abri as gavetas e joguei tudo o que não queria mais fora. Em seguida, fui o armário, depois as gavetas. Por fim, como não tinha levado as coisas para doação ainda, abri a parte de cima do gaurda-roupa. Sapatos, bolsas, blusas, camisetas, shorts, brincos, bijuteria, papeis (muitos papeis), presentes, lembranças e por aí vai. O que não serve para doação vai para a reciclagem.

A partir daí, o bichinho do desapego mordeu de verdade. Fim dessa história de dois celulares. Troquei o Nextel e o celular antigo por um único telefone, modernoso, com acesso à internet e touch (que eu não sei mexer direito). A multa de recisão é carinha, mas colocando na ponta do lápis, vale a pena.

Quanto nem mais esperava mudar alguma coisa... um surto e o fim das contas antigas de email! Pra que manter um endereço que só me traz spam? Sem dó, cancelado o Yahoo. Depois, com um pouco de pesquisa, importação do hotmail no Gmail. Um só email, um só celular. Menos tempo perdido, mais fácil de focar o que importa.

Inconscientemente, transfiro a tendência para o pessoal. Se cachorro que tem dois donos morre de fome e pessoa que tem dois celulares vive com um deles descarregado, quem não se decide pode até conseguir abraçar o mundo, mas vai derrubar continentes pelo caminho.

Thursday, February 03, 2011

Gentlemen, at last!


Finalmente achei uma série britânica que não me dá vontade de passar sabão na tela. O nome do achado é Being Human, e conta com dois fofos difíceis de não se apaixonar!


Um lobisomen, um vampiro e um espírito dividem um apartamento e a difícil tarefa de tentar ser normais. Apesar do clichê de monstros, o drama explorado tem boas doses de humor e muito carisma.


Ponto pros britânicos!