Sunday, January 30, 2011

Malícia necessária

Apesar de saber que era verdade, era difícil acreditar naquilo que ouvia. Pra não me coçar, brincava com a colher do açaí, olhava pra cima, pra baixo, mas a verdade é que nada conseguia conter minha indignação. Aquilo tudo estava muito errado. Que espécie de homem se deixa enganar tão facilmente? Assim tudo bem, a gente reclama da raça masculina, mas quando uma mulher resolve ser ruim, coitado. E o pior de tudo é que ele nem merecia isso. Afinal, como alguém chega à maturidade ainda tão inocente?

Pra situar, eis o resumo: os dois - meu amigo e essa menina - se conhecem no interior. Ele meio tímido, com um pouco mais de 30, ela um mulherão de vinte e poucos. Não ficam. Continuam conversando mesmo depois que ele volta pra São Paulo. Da 1ª vez que vem para a cidade, a pedido dele, ela pega um táxi e o encontra. Na portaria, ele deixa o dinheiro para o transporte, do terminal Tietê até a Faria Lima. Com o preço exorbitante do táxi em SP, pouco não foi.

O detalhe é que ele não ganha absurdos. Vive de pequenos patrocínios (é esportista) e do dinheiro dos pais. Mesmo assim, mal começam a namorar e, a pedido dela, já paga as contas (novas e antigas) da menina. Como ele mesmo não tinha muitos gastos, não foi tão difícil, mas mesmo assim.

Então, depois de ouvir das amigas dela que ele estava sendo usado, ele dá um ultimato: se é pra eu pagar suas contas, você tem que que se decidir e casar ou pelo menos morar comigo. Resultado: um pé na bunda.

As ex-amigas da menina, grande espólio adquirido no período, aparentemente não são muito melhores. Vão pra casa dele da praia e o ignoram. Único homem no meio de quatro meninas, ele fica perdido enquanto elas conversam entre si. Não suficiente, por insistência dele, usufruem de toda a comodidade, vão pra praia desfrutar enquanto o moço arruma a cama (a dele e delas), organiza a casa, faz comida e até passa cera no chão. Absurdo? Talvez, mas ele não se incomoda e diz que gosta de ser util, um bom anfitrião.

Na Natureza, os animais criam seus filhos e depois soltam os laços. Na idade adulta, ou o filho já sabe se virar ou morre de fome. É duro, mas é sábio.

Já no chamado mundo desenvolvido, assim como o dele, há diversos casos de homens gentis demais, atenciosos demais e carentes ao extremo. São pessoas que sempre foram muito bem educadas, por vez protegidas pelos pais. Tiveram a sorte de não precisar sair de casa ou pagar suas próprias contas e, por isso, se acomodam.

Os tais seres bonzinhos demais normalmente não adquiriram a tal malícia necessária para viver em sociedade e por isso acabam se machucando demais. Chegam aos vinte e pouco, trinta com aquele sentimento vazio e acabam se jogando para a primeira pessoa que lhe dá um pouco mais de atenção.

Agora, se o oito não é bom, o oitenta é menos ainda. Mulher diz que gosta de bayboys mas é só fachada, ou pelo menos temporário. Pessoas inescrupulosas, que não se libertaram do instinto de sobrevivência também não são boas para o convívio e no fundo dificilmente devem estar em harmonia consigo mesmas. Ou seja, também não são felizes.

A discussão é complexa e talvez até inútil. Se vivêssemos em uma utopia, com todo mundo prezando uns pelos outros, ninguém precisaria dessa malícia adquirida. Como isso não acontece, todos têm que desde cedo se preparar para o mundo, por vezes correndo o rissco de exagerar na dose. Como diria Che: "ser duro sem perder a ternura". Esse é o ideal. Ok. Mas, se já é difícil educar um cachorro, sem mimá-lo demais, o que dirá tornar um filho bem criado?

Thursday, January 20, 2011

Strike and strike again

Hanna Marin (Pretty Little Liars) ganhou mais uns pontinhos comigo. Nos dois últimos episódios da série, ela aparece usando as tendências mais legais do verão: esmalte azul claro e unhas com cores diferentes.





A série - e os livros - são mesmo um estouro! Mal posso esperar pelo que vem aí!

XOXO