Saturday, December 23, 2006

2006: o ano do pato

Quando você não tem nada a perder, tudo é lucro. No final de 2005, um ano extremamente estressante e intenso em todos os sentidos, abri mão, voluntariamente ou não, de tudo o que estava me fazendo mal. No mesmo mês de dezembro terminei o estágio, TCC, e conseqüentemente faculdade, e namoro. Depois de tudo largado, fui tirar uma férias na praia, curtir o começo da vida de formada e a indefinição que seria 2006. Não houve um evento marcante, mas sim vários, mais ou menos no estilo daqueles programas de trainees rotativos, onde você passa por n setores até descobrir onde quer ficar.

Na área profissional, participei de um teste para tradução literária de italiano. Fiz um curso de comunicação ambiental e outro de produção de eventos. Brinquei uma ou duas vezes de redação publicitária para um amigo. Fiquei três meses na área de desenvolvimento de softwares e locução. Tive minha primeira experiência com chefes politicamente incorretos. Larguei o trabalho. Depois da metade do ano, voltei à área. Na falta de um, fui aceita em dois empregos - no mesmo dia. Decidi pelo mais jornalista.

Na social, aí a lista é grande, tive (de novo) minha época extremamente baladeira, saindo de terça a domingo. Mas ela não durou todo o ano. Foram fases. Graças aos trabalhos, fiz também bons amigos de balada. Minha primeira estagiária me levou à 'Casa De Todas As Casas'. Um eterno refúgio, com bebida e chapelaria de graça. Depois foi a minha vez de apresentar o mesmo lugar à minha chefe de reportagem junto a outras amigas, na tal balada perfeita já relatada pela Lucy.

Em relação às amizades foi como separar o joio do trigo. No carnaval, fui pruma casa com quase 30 pessoas em que cada uma não conhecia mais que 3 ou 4 e hoje grande parte é de pessoas muito, muito queridas. Quanto aos já conhecidos, por diferentes motivos, alguns deixaram de ter um espaço tão grande na minha vida. Outros, que via e saía só de vez em quando, hoje são inseparáveis. Um exemplo importantíssimo são as próprias Jones, tao amigas que me fizeram quebrar o bloqueio de sentar e escrever só por escrever.

Em assuntos sentimentais, nada de muito marcante. Quebrei alguns tabus próprios, tive um típico 'american date', cuspi pra cima e tomei na testa - de novo. Mesmo assim, acredito que o resultado foi positivo. Se não sei o quero, pelo menos deixei de ter alguns preconceitos e mantenho certezas do que não quero.

A minha área acadêmica-trabalhos sociais voltou à ativa. Não consegui ficar mais de um ano longe de tudo isso. Prestei vestibular, voltei a participar ativamente de ONGs. E se não li um décimo da quantidade de livros que deveria, no quesito esportivo bati vários de meus recordes. Mesmo já formada continuei no basquete, fiz bem mais do uma única cesta no Juca (vergonha para um pivô, como diria meu avô) e entrei no novo esporte casperiano - rugby -, em que não só me identifiquei desde o primeiro momento como me deu razão para freqüentar a academia, o que deixou toda a família e amigos impressionados.

No fim... bem, lembro de uma frase, essa sim de um livro, só não sei qual, que diz que uma pessoa que faz de tudo possivelmente não faz nada bem. A comparação é com um pato, que nada, voa e anda, mas faz tudo beeeem mais ou menos. Um bicho estranho. No fim, meu ano foi estranho. Talvez por isso não tenha ainda entrado no clima de Natal. Não comprei todos os presentes que queria - e que provavelmente vou dar só no começo do ano que vem, como presentes sem data - e muito menos tenho noção que 2006 está acabando. Em todo caso, a retrô foi feita. E por falar em retrô... as músicas que mais ouvi esse ano foram todas anos 80 e 90... de trash a BSB e Britney, coisas que não ouvia nem na época. Realmente um ano para experimentar de tudo.

2 comments:

Anna said...

Quer dizer que você é uma pata, então? Hahahahaha... todas somos!
Muuito bom ler e se encontrar dentro dos relatos!
2007 que nos aguarde... :)
Bjinhos!

Lucy Jones said...

Oi amigaaaa!!! Ok, tô atrasadíssima e provavelmente vc nem leia meu comment, mas... puxa, também posso dizer que se nada no seu relato foi novidade, quer dizer que participei (de longe ou de perto) das coisas mais importantes do seu ano... e espero continuar mantendo esse meu espacinho tão especial na sua vida!!!

bjinhos