Sunday, September 07, 2008

Ai que raiva

Alguns sentimentos são bons. Outros, ruins. Óbvio não? O problema é quando o sentimento trafega entre os dois extremos.

A raiva, por exemplo.

Sem pensar acho que todo mundo responderia que ela é um sentimento ruim.

Será?

Sentir raiva de algo pode ser um turning point na vida do ser humano. Depois dela, reagimos, mudamos, enfrentamos o que a causou. E isso é bom!

Poucas coisas me dão tanta raiva quanto perceber que algumas coisas só acontecem comigo.

Por exemplo, o que Carrie, do Sex and The City, chama de DD (Disastrous Date, ou algo parecido). É impressionante como tudo o que dá certo em qualquer casal do universo não funciona comigo. O amor mútuo, a vontade de experimentar as coisas juntos, o desejo de estar sempre por perto, o acordar ao lado... Se uma Jones atrai idiotas, e outra atrai pessoas esquisitas, eu nem consigo definir que diabo de pessoas eu atraio. E o relacionamento então? É qualquer coisa que passe longe de um namoro. E qualquer coisa que chegue perto do niilismo. Será que posso classificar a tranqueira emocional que vivo com o glamuroso DD da Carrie?

Outra coisa que me irrita profundamente são aquelas pessoas, que NEM são suas amigas, fazendo previsões sobre a sua vida com todo conhecimento de causa do mundo. Há mais ou menos meio ano ouvi de uma delas, do alto do seu conhecimento inexistente sobre mim e sobre o que eu estava vivendo, que eu tinha de sair fora do relacionamento (que ainda levo) porque eu era muita nova, não “merecia” passar por aquilo tudo.

Antes tivesse entrado por um ouvido e saído pelo outro.

Agora, acabei por experimentar um novo tipo de raiva, ainda mais forte. Quando duas situações que já me irritavam profundamente se encontram na vida. Chegar à conclusão que a guruzinha de meia-tigela estava certa sobre o não-relacionamento que estou levando é desolador.

Não, ele não me faz bem. Não, ele não tem sido legal comigo. Não, ele não quer nada sério.

Eis que surge a grande vantagem da raiva. A vontade de dizer chega! Não quero mais nenhuma das duas coisas. Não quero ninguém cuidando da minha vida. E ninguém se aproveitando da minha boa vontade emocional.

Ta vendo, a raiva pode ser boa. Mas que todo mundo quer se livrar dela rapidinho, disso eu não tenho dúvidas.

 

2 comments:

Lucy Jones said...

Bem... concordo que a raiva tem um poder e tanto... chega mesmo a mover o impossível. Mas nessa pouca experiência que me cabe, acabei perdendo mais do que ganhando sempre que movida pela raiva... porque ela sempre foi gerada da frustração.

Sentir raiva dos outros, nos joga pra frente, muitas vezes... mas... e sentir raiva de nós mesmas?

Patty Marie Jones said...

Dizem que a raiva é um dos estágios até chegar na superação. Primeiro vc nega, depois nao se conforma, dai fica com raiva do mundo, depois nao sei o que e daí tá curada.

Agora, de nada adianta ficar com raiva e voltar pra negação, daí fica com raiva de novo e volta a cometer os mesmo erros rs, como é o que acontece normalmente com a gente.

Se a raiva serve pra melhorar, q seja bem-vinda, mas concordo com Lucy... raiva por raiva soh me trouxe coisa ruim.

Bjos, gals!!!