Thursday, November 09, 2006

"Dreher"

(O alter ego de Lana, em uma TPM fora de época, ligou pra ela hoje e resolveu desabafar...)

É duro olhar em volta e perceber o quanto vida passou rápido... E mais que isso: se deparar com um vazio no peito deixado por todos aqueles que passaram e foram importantes para seu crescimento pessoal ou simplesmente tatuaram um negócio do lado esquerdo, impossível esquecer.

É uma pena que essas pessoas tenham desaparecido, como se nada tivesse acontecido; e num movimento circular mega viciado, novas pessoas vêm e vão numa rapidez alucinante.

É fato que crescer envolve tudo isso... será que eu sou a única desesperada por ver pessoas escorrerem pelas mãos como a água da torneira, de cada manhã?

A sorte é que curti cada momento intensamente... mas será que tudo foi tão intenso assim?

Se tudo é apenas um vai e vem desenfreado, eu não deveria acreditar em amor eterno, família, amizade verdadeira, realização profissional entre outras coisas certinhas da sociedade... Mas como é difícil!

É complicado correr contra a conrrente e desejar, mais que um amante, um amigo pra vida inteira e fazer de tudo para que se viva de acordo com ideais lúdicos de confiança, fidelidade (e não possessividade), ajuda mútua e um mundo cheio de gliter. Um vida dúbia entre esses dois paralelos faz parar o tempo, perder amigos e dá uma solidão quase sempre angustiante...

Não quero me afogar num copo de cerveja.
Me dá logo um DREHER pra encarar a realidade.

6 comments:

Rafael Leal said...

Desce macio e reanima!!!

Unknown said...

Como "humanidismos" são um prato cheio pra bons textos...

Lucy Jones said...

Nossa, amiga! Eu não poderia concordar mais com você! Por isso mesmo que eu e Patty temos a teoria de que nada é perfeito a não ser por momentos. E nesses momentos podemos ter o amor da vida, a amizade verdadeira, a plena realização profissional. Enfim...
Mas também acredito que as pessoas e coisas que realmente valem a pena permanecem... mesmo que fiquemos anos sem falar com um amigo, sem vê-lo, se nos encontramos e então conversamos como se tivéssemos nos visto ontem, aí sim... isso mostra que ali existe uma amizade verdadeira (que também não precisa de possessividade). O amor eterno também pode ser encontrado naquele carinho eterno que vamos sentir sempre ao pensar em um certo alguém "que tatuou um negócio do lado esquerdo". Nossa, esse seu texto dá assunto para váários outros!!! hahaha
Olha que isso pode dar margem a várias réplicas e tréplicas....

Lindo texto!

Mas triste... porque também senti a dor do desaparecimento das coisas que acreditava que fossem ser eternas!

bjinhos!

Patty Marie Jones said...

O alter ego da Lana tem nome?

Lucy disse exatamente o que queria... esse texto dá margens a vários outros.

Vai ver é um sentimento coletivo, uma agonia globalizada. Essa semana me peguei em um momento "onde estão tais pessoas?" e de repente você se dá conta que todo mundo se distanciou por um motivo ou outro.

Há algum tempo ainda corria atrás, ligava e pedia quase implorando "vamos sair, estou com saudades de você". Não sei quando isso aconteceu, mas desisti. Vai ver é só uma fase, como já aconteceu outras vezes. Quem sabe amanhã eu não acorde e resolva ligar praquela pessoa com quem falava todo dia e da qual não tenho notícia há meses. Provavelmente se fizer isso vou me decepcionar mais uma vez, percebendo que mesmo depois de todo esse tempo tudo continua na mesma. Mas existe uma esperança. Ontem, enquanto ainda sentia os reflexos dessa percepção, um dos meus grandes amigos me mandou uma mensagem "e aí, como vc está? Estou morrendo de saudades de você. Até comentei com tal pessoa. Vc faz falta, viu?".

Nem tudo é pra sempre (e um comentário pode ficar do tamanho de um post rs)

Bjinhs

Lina Jones said...

oie^^ só comentando..rs
qdo pensei sobre isto um dia, cheguei a escrever um post no meu blog sobre como nunca estamos sozinhos, como somos habitados pelas pessoas q nos marcam, saudades eternas..
tlz, seja uma agonia recorrente saber q não há como controlar o vai e vem do tempo. mas, há tbem seu lado positivo, se considerarmos qtas pessoas estão aí afora para descobrirmos, conhecermos, amarmos, tlz o vai e vem não seja tão ruim. a sempre um mundo pessoal diferente a ser descoberto.
bitocas,

Fábio Félix said...

Não pode ser uma Amarula?...Prometo que bebo desta vez...Hahahaha