Saturday, October 03, 2009

Fechando o quebra-cabeça

Minha saída da Austrália tinha sido repentina. Depois de negociar com meus pais a data e ver o melhor preço, comprei a passagem pro dia 18 de agosto, treze meses e um dia depois de ter deixado o país. O quebra-cabeça parecia estar fechado, mas ainda faltavam umas pecinhas no meio. Meu vôo saía de Auckland, na Nova Zelândia, mas como e quando ia chegar lá só foi decidido em cima da hora.

A única certeza é que em 13 de julho, sábado, tinha uma passagem de Townsville pra Brisbane. Lá, encontraria com as meninas de Perth. Faríamos uma viagem de dez dias pela costa leste. No dia 21 elas voltariam pra Western Australia e só então eu iria decidir o que fazer da minha vida. O mais provável é que depois de passar, sozinha, uma temporada na casa de uma amiga em Melbourne, fose pra Fiji e Nova Zelândia, só pra cansar bastante e voltar sem deixar nenhum plano pra trás.

A passagem de Sydney pra Melbourne foi de trem, o que poderia ter sido bonito se não tivesse feito durante a noite. Cheguei em Melbourne à 8h da manhã e a cidade, como havia já esperava depois da aula de planejamento urbano, é maravilhosa.

Melbourne respira cultura, que vai desde os showzinhos de contra-baixo e violoncelo que acontecem em vielas no centro - onde as pessoas, muito bem vestidas, se sentam em caixotes de feira pra almoçar - até as inúmeras galerias de arte, biblioteca, teatros, e brechós espalhados pela cidade.

O sistema de transporte funciona e a cidade é toda desenhada para incentivar o uso da bicicleta em vez do carro. O problema, como também já esperava, era o frio. Melbourne, fica numa latitude menor do que a do sul do Brasil e, pra quem estava acostumada com o calor de Townsville, manter o bom humor em temperaturas com apenas um dígito é uma coisa complicada.

Emprego, ao contrário do que esperava, estava razoavelmente difícil e daí, em vez de continuargastando em uma mesma cidade, decidi usar meu dinheirinho em um lugar diferente e de cotação mais baixa; adiantei a saída da Austrália pra ficar dez dias na Nova Zelândia e cinco em Fiji, não necessariamente nessa ordem.

Pra NZ eu fiz toda a programação antes, afinal é um país grande pra tão pouco tempo. Pra ver tudo o que queria, ia fazer 7 cidades em 9 dias. Já pra Fiji, país pequeno, na hora a gente vê. O que a gente não lembra é que prum quebra-cabeça dar certo, todas as peças, mesmo as menorzinhas, devem estar no lugar.

1 comment:

Unknown said...

Bru!!!!!!! Adorei teu blog... que saudades doce!!! To aqui louca nesses trabalhos, e o pior eh que nao estao fluindo aiaiaiia

Ahhhh, soh pra falar que a latitude de Melbourne eh maior. 0 graus comeca no equador e vai aumentando para os polos!!!!!!! hehehe beijosss
saudadessss